quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


                                                             O ESTAFETA.

Há dias, conversava com alguns companheiros de Academia e em dado momento fiz um comentário, mais precisamente uma referência, sobre a figura do Estafeta. Então me disseram que eu havia tirado esta palavra do fundo do baú da vovó, pois, palavra e profissão praticamente estão esquecidas do mundo atual; aí tive a ideia de escrever sobre estes desbravadores e corajosos seres humanos que não mediram esforços e expuseram a própria vida para levar a comunicação pelo mundo a fora durante milhares de anos e que agora a tecnologia o faz com uma velocidade às vezes ‘incalculável’.

Pois bem, o que seria então o Estafeta? Segundo os dicionários: entregador de telegramas, cartas e mensagens, ou seja, mensageiro, carteiro. Quantos estafetas percorreram quilômetros e quilômetros interligando as regiões para que as comunicações entre os povos tivessem êxitos, e, quantos deles, para não dizermos centenas ou até mesmo milhares, perderam suas vidas pela coragem de tentarem concretizar o seu trabalho. No início durante muito tempo fizeram o serviço a pé, com o tempo foram introduzidos os animais, principalmente o cavalo, até chegar aos meios de transportes sobre rodas: as carroças, as diligências como no velho oeste americano e depois os veículos, navios e aviões. Porém isto tudo não tira a glória com que os primeiros carteiros do mundo tivessem um papel importante na comunicação entre as sociedades humanas. Foram eles sim que com a sua coragem, sem medir os perigos que iriam enfrentar ou mesmo se iriam retornar para seus lares, que contribuíram para que o desenvolvimento da raça humana através do intercâmbio de informações fosse mais rápido.

Para não dizermos que algumas sociedades atuais nos lugares mais remotos do nosso mundo atual ainda devem utilizar o papel do estafeta, em nossa própria sociedade controlada hoje pela tecnologia, temos ainda a figura do estafeta, ou seja, o carteiro que caminha às vezes até quilômetros diariamente para entregar de casa em casa as correspondências, e que ainda não tem uma opção melhor. Que contraste! Numa sociedade em que vivemos na velocidade da tecnologia em que recebemos informações do outro lado do mundo em questão de segundos, precisamos do estafeta atual para receber nossas correspondências. Este é um sinal imprescindível de que o ser humano ainda é indispensável fisicamente. E obrigado aos meus companheiros acadêmicos Valmir José, José Roberto e Marcio Simeone que fizeram me lembrar de uma figura importante da História.

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

Ailton José Ferreira

Policial civil aposentado, Bel. Direito, Pedagogo, Escritor e Educador.

Membro da Academia de Letras de Pará de Minas (Cadeira nº 07).

ailtonferreira_assepam@yahoo.com.br

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